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segunda-feira, 29 de março de 2010

Vivendo e aprendendo



Na vida temos muitas surpresas, boas, ruins, inesperadas... Temos que estar preparados para reagir a cada uma delas. Chore, ria, faça careta, pule, dançe, cante, corra, viva. Não tenha medo de Viver e ser feliz!
Existem momentos na vida, que podem parecer bobos, que possam parecer comuns para você no enquanto, mas um dia você pode olhar pra traz e diz: esse foi o dia mais feliz de minha vida. "até agora". Por isso, aprecie cada momento na vida, como se fosse único, e especial, com uma pessoa especial.

Não busque a felicidade muito longe, ela pode estar mais perto do que você imagina! Tente apenas ser feliz, faça o que der vontade, não se importe com o que os outros dizem sobre você, porem, tente não dizer nada sobre os outros. Não faça com o próximo o que não quer para si mesmo.
Victor Hugo

sexta-feira, 26 de março de 2010

Enfim a beleza do outono


O outono já chegou - aos arrufos do vento
as folhas num desmaio embalam-se pelo ar...- vão caindo... caindo... uma a uma, em desalento
e uma a uma, lentamente, vão no chão pousar...

O céu perdeu o azul - vestiu-se de cinzento
e envolveu na neblina a luz baça do luar...
- na alameda onde vou, de momento a momento,
há um gemido de folha a cair e a expirar...

O arvoredo transpira as carícias dos ninhos,
e o vento a cirandar na curva das estradas
eleva o folhareu no espaço em redemoinhos...

Há um córrego a levar as folhas secas em bando...
- e à aragem que soluça entre as ramas curvadas,
parece que o arvoredo em coro está chorando!...

Versos são só rimas soltas ao vento


São por acaso...
Os versos que escorrem
junto às gotas,
que brincam na vidraça,
na tarde de chuva e ventania do inverno?

Ou seriam...
Os versos que escorrem
junto às lágrimas,
na face marcada, na emoção
ou na dor, sentimento ou desilusão?

Talvez fossem...
Os versos que escorrem
junto ao suor,
no corpo fatigado,
de um dia de trabalho, de luta?

São por acaso...
Os versos que escorrem
junto ao orvalho da manhã,
nas plantas,
que acordam receptivas à luz de um novo dia?

Ou seriam...
Os versos que escorrem
junto ao sangue,
nas veias, artérias ou mangue,
na vida nua, crua e bela?

Talvez fossem...
Os versos que escorrem
junto às aquarelas,na tinta
ou nas telas
nas mãos do artista?

São por acaso...
Os versos que escorrem
junto às ondas que batem nas escarpas,
ou nas praias,na espuma de algas
nos mares, nas marés da existência?

Ou seriam...
Os versos que escorrem
junto às chaminés,feito fumaças,
nas casas, nas fábricas,
no ar poluído que adentra os pulmões?

Talvez fossem...
Os versos que escorrem
junto à diarréia, desesperança
na desnutrição, no abandono
na fome de nossas crianças?

São por acaso...
Os versos que escorrem
junto ao álcool,na fraqueza
que inunda a alma dominada,
onde se aninha o medo e a tristeza?

Ou seriam...
Os versos que escorrem
junto à poeira radioativa,
que o vento inda levanta em Hiroshima,
no câncer, na morte,da guerra que abomina?

Talvez fossem...
Os versos que escorrem
junto ao mofo que revela
aquilo que o tempo não desvela,
onde o poeta testemunha nas páginas amarelas da vida?

Palavras que ferem...





Daqueles cujo domínio próprio não controla
São como bisturi, ferem a aorta contundente.
Provocam grandes terremotos, vítimas fatais
Corações destroem, intrinsecamente.

Armas potentes, machucam, ferem
Envenenadas de puro rancor, deixam feridas.
Golpes premeditados duramente
Fazem sangrar, quando friamente proferidas.

Quem as usa, tem consciência do mal feito.
Geralmente das regras e limites é conhecedor
Porem um prazer mórbido é sentido
Vendo no alvo do ódio, do sangue o sabor.

Ironicamente, não se dão conta os desatentos.
Os mesmos lábios que profetizam mansidão
Pregam o amor, falam de paz e harmonia.
Deixam marcas indeléveis, destroem coração.

Ousam citar de Deus o nome, fria realidade.
E incapazes de perceber espontaneamente
O tronco que lhes atravessa o olho, e os cega.
Apontam o cisco, no olhar do semelhante.

Talvez, em nome de uma vingança infundada.
Quem sabe o coração ferido, seja o argumento.
E para pisar, esmagar e ferir brutalmente.
Só esperam por uma brecha, um momento.

Quantos defeitos soterrados veríamos.
Pudéssemos a alma, em estado bruto sondar,
E remexendo escombros reconheceríamos.
Que apenas Deus tem poder para julgar.

Talvez , com nossos defeitos aparentes.
Pegaríamos à mão a esperar estendida.
E mesmo quando feridos e machucados
Entoaríamos apenas palavras de vida.