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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Começar...


Não sei por onde começar, nem tampouco o motivo pelo qual comecei...
Mas já que comecei...
Precisava começar...
Não sei exatamente o que pensas e nem porque pensas
Não sei exatamente o que sentes e nem o porque
Sinto que és uma pérola mas não sinto minha
E percebo que não é de hoje, mas sim de nunca... ou de sempre
És alheio, como tudo é alheio
Não entendo o que me ocorre a cada manhã...
Não entendo o que fui, o que sou e menos ainda o que serei
Tamanho aperto claustrofóbico espiritual que me assombra
Como posso saber se o que faço é certo, se nem sei se certa sou?
Instintos... Os tenho em abundância e é quase inútil cada tentativa sangrenta de enjaulá-los
Minhas grades são muito frágeis e a distância entre cada uma muito vasta
Que me perco em um mundo onde tudo é tão brutal
Não posso negar que sinto falta dos primeiros olhares
De amor e de receio
De admiração e uma leve vergonha
De não saberes quem sou
Muito menos quem és
Admiro profundíssimamente o que leio e ouço de teus olhos
Somos apenas pó...

Se vivemos em harmonia?
Tentamos, fingimos
Sobrevivemos
Sinto falta do inexistente que jamais existirá
Temo pelo certo
Sem ao menos ter certeza

E por mais que possa ter um fim
Serás sempre meu pequeno
E eu serei sempre tua.

Em algum lugar, algum tempo...

Hoje, envolto em meus braços teu corpo
E se meu amor puder preencher teu coração
Incompleta estarei completa.
Insana estarei sã.

Que destino tortuoso nos pôs frente a frente
Somos indivíduos completamente diferentes
Mas ainda me sinto a begônia romântica de outrora...

Eu te digo para seguires teu coração, sempre...
Após tomado o rumo, pense
Espero que lembres destas palavras quando tudo o mais estiver escuro:
A memória não necessita de luz
A lembrança não necessita de visão
Em silêncio ao teu lado no escuro,
Quando tudo o que já foi deixo de lado,
Sinto-me plena e confortável
Isso talvez ainda seja amor

Sou muito sentimental para dizer
Muito sonhadora para saber
Embora meu solo seja muito fértil para sonhar
Tuas flores e frutos muitas vezes não foram do meu agrado
Solo, eu sofro esta angústia perfurante
Que por mais que eu sofra jamais saberei porque eu sofro,
E espero realmente jamais saber
Temo o desconhecido...
Difícil, quase impossível...

Mas não devias ter se prendido ao teu passado
Não devia me aprisionar nele...
As lembranças dilaceram minhas emoções...

O rancor dilacera a meiguice destes meus olhos sorridentes
Envenena tudo a nossa volta e mais distantes ficam os sonhos


É indizível o que sinto...

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